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PREÂMBULO PARA UMA REVOLUÇÃO

 

 

 

A Europa foi atingida brutalmente pela recessão económica e a degradação social.

Tirando os países nórdicos, todos os outros membros da União europeia apresentam números de desemprego e de pobreza em ascensão contínua, sem que nada seja feito pelos seus governantes para repor as economias a funcionar.

A Europa dirigida pela Comissão Europeia e pelo parlamento de Estrasburgo entrou na ronda do subdesenvolvimento, espera-a o inferno de um terceiro mundo versão europeia.

O neoliberalismo penetrou nas nossas nações pela grande porta, a União europeia, e trouxe com ele o desemprego, o empobrecimento e a marginalização dos nossos povos.

Portugal, nação sem eira nem beira, terra abocanhada pelos abutres da partidocracia e da Banca, povo desprezado e sacrificado, é hoje, um país no limiar de uma catástrofe sem precedentes. Paradoxalmente, é, entre todos os membros da União aquele que mais hipótese tem de mudar radicalmente de regime político e, certamente o que mais longe poderá avançar na construção de uma sociedade verdadeiramente democrática.

Aderimos à União Europeia levados pelas promessas de políticos medíocres, sem visão, antipatriotas, e acabámos perdendo os nossos sectores produtivos, modestos talvez mas capazes todavia de relançar a nossa capacidade exportadora. Deixámos de ser auto-suficientes, estamos totalmente à mercê do estrangeiro.

A democracia em mãos corruptas e incompetentes é mais perniciosa que um regime ditatorial.

A “democracia podre” herdada do 25 de Abril falhou. Os governantes que temos vindo a eleger, desde há décadas, e que deveriam ter defendido a vontade da cidadania, tornaram-se cúmplices, marionetas do neoliberalismo, privaram-nos da nossa soberania, aceitaram as políticas da austeridade que estão a mergulhar o país no subdesenvolvimento e, voluntariamente, precipitaram as nossas populações no desemprego e na pobreza.

Se não corrermos com a coligação de partidos que nos governam desde o 25 de Abril, PSD, PS e CDS, nunca mais a nosso país conhecerá progresso e prosperidade.

Tivemos os piores políticos, intelectuais e empreendedores da Europa, durante este quarenta nos de governação “democrata”.

Faltou-nos elites competentes e honestas, daquelas que não se submetem à ganância e ao deslumbramento do poder! Como poderíamos pois, enfrentar, eficazmente, os estados ditos avançados do centro da Europa? A nossa economia acabou por ruir como um prédio em ruína, arrastando consigo o corpo social e anunciando a morte certa de Portugal.

De todos os membros da União Europeia, Portugal é certamente o único que se deixou privar das suas riquezas naturais, das suas ferramentas produtivas, indústrias, agricultura e pesca, sem nada fazer, sem nada dizer. Hoje, quase tudo o que é essencial à sua sobrevivência, é importado dos outros países da comunidade europeia e da fábrica do mundo, a poderosa China.

O nosso povo não tem, sequer, acesso ideológico à indignação! Referenciado como povo de brandos costumes, os portugueses são pouco propensos a revoltas. Desprotegidos do ponto de vista cultural e educacional, fechados num molde de preconceitos e de determinismos civilizacionais, parecem pouco entusiasmados em arregaçar as mangas e em combater pelo futuro dos seus filhos. Ouvem os seus dirigentes políticos apregoar que passamos por uma fase mais ou menos transitória, que tudo se recomporá e que a crise será pouco dolorosa, e acreditam nessa impostura!

Infelizmente, os tempos que vivemos são de desespero e durarão uma eternidade se não fizermos nada, se não combatermos quem desgraçou o povo e traiu a nação.

A nossa juventude já não encontra trabalho, e todavia, escolarizou-se, esforçou-se para adquirir uma boa formação universitária, possui, sem dúvida, grandes aptidões para participar na reconstrução do país, mas acabará por desertá-lo, pela imigração. O que será de nosso país, sem jovens para perpetuar a nação e para assegurar aos idosos uma reforma com dignidade?

O povo, manipulado, alienado, banhando numa indigência intelectual e cultural generalizada submete-se às lavagens de cérebro que os órgãos da muito propalada comunicação social, levam a cabo, numa obediência cega aos seus senhores e donos, políticos, banqueiros e patrões dos médias.

Tivéssemos tido, em todos estes anos de comunicação social dita “democrática”, um único meio de comunicação - rádio, imprensa, canal televisivo - ao alcance de cidadãos esclarecidos e intervencionistas, teríamos, sem dúvida, dado voz e novas ideias aos protestos da sociedade civil e teríamos combatido, com lucidez e sucesso a partidocracia que arruinou Portugal.

É aproveitando-se da resignação e apatia do nosso povo que os nossos políticos de esquerda como de direita, edificam, covardemente, o seu programa de austeridade, de rapina e de destruição da nação.

Desde a adesão de Portugal à comunidade económica europeia, entre 1985 e o ano que corre, seis primeiros-ministros governaram Portugal, e está à vista de todos o que tem sido a governação deste regime: corrupção, ganância, incompetência, traição à soberania nacional.

Para levarmos a cabo um combate sem tréguas ao sistema que provocou o descalabro económico no nosso país, devemos expulsar do poder, definitivamente, a classe política que compõe a partidocracia nacional e substitui-la por um movimento de cidadãos honestos, competentes e patrióticos.

 

Portugal, desvinculado da União Europeia, da sua comissão e do seu parlamento traçará uma nova via social e económica. No seio de uma futura federação de estados e povos soberanos, unidos por uma nova organização europeia de Estados de Direito Solidários, Portugal declarar-se-á, então, território liberto da ditadura dos mercados e da ideologia neoliberal.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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