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ECOLOGIA

 

 

O Homem e o Ambiente

 

“O homem é o único ser vivo que adquiriu a capacidade de moldar o meio ambiente para adaptá-lo às suas necessidades e caprichos”. Sejo Vieira in (Manifesto Globumanista)

 

Em 2002, durante a Cimeira da Terra em Joanesburgo, organizada pelas Nações Unidas, onde estiveram presentes, entre as 60.000 pessoas, mais de cem chefes de Estado, ONG, jornalistas e gestores de grandes empresas, o presidente francês Jacques Chirac, disse uma simples frase que resume não só a tragédia que ameaça a humanidade, como também a irresponsabilidade e incúria dos políticos que governam o mundo: “A casa está a arder e todos nós olhamos para o lado”

Há décadas que os cientistas alertam para os perigos que as actividades humanas fazem pesar sobre a sobrevivência da nossa espécie. Durante a década de 70, os governos, então, sob a pressão das organizações ecologistas foram obrigados a mostrar um mínimo de interesse pela preservação dos ecossistemas e pelo combate à poluição.

Em 5 e 6 de Junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia, as Nações Unidas organizaram uma importante conferência sobre as questões ambientais. Foi assinada uma declaração de princípios que deveria servir para apoiar os esforços dos povos que decidissem preservar e melhorar o meio ambiente.

Alguns dos princípios que fazem parte da declaração:

 

“A protecção e o melhoramento do meio ambiente são questões de importância maior que afectam não só o bem-estar das populações como o seu desenvolvimento económico em todo o mundo; os exemplos de danos, de destruição e de devastação provocados pelo homem multiplicam-se debaixo dos nossos olhos em numerosas regiões do globo: níveis perigosos de poluição das águas, do ar, da terra e dos seres vivos; perturbações profundas e irremediáveis do equilíbrio ecológico da biosfera; esbanjamento de recursos insubstituíveis; graves deficiências que são perigosas para a saúde pública, mental e social do homem, no meio ambiente que ele criou e, também, no seu ambiente de vida e de trabalho”.

“Defender e melhorar o meio ambiente para as gerações presentes e futuras tornou-se para a humanidade um objectivo primordial, uma tarefa cuja realização deverá ser coordenada e harmonizada com os objectivos de paz e de desenvolvimento económico e social no mundo inteiro.”

“O homem tem um direito fundamental à liberdade, à igualdade e a condições de vida, satisfatórias, num meio ambiente cuja qualidade lhe permita viver com bem-estar e dignidade. Os recursos naturais do globo, incluindo a água, a terra, a flora e a fauna, e particularmente as amostras que são representativas dos ecossistemas naturais, devem ser preservados no interesse das gerações presentes e das futuras por uma planificação e uma gestão cuidadosa.”

“Os estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que risquem de pôr em perigo não só a saúde do homem, como também, os recursos biológicos e vida de todos os organismos marinhos.”

 

Isto passou-se em Junho de 1972, já lá vão 43 anos! Que fizeram os governos e as organizações internacionais desde então? Desta conferência e de todas as outras que se seguiram, nada resultou. As alertas soaram aos ouvidos de surdos. Com a entrada em cena da ideologia neoliberal e da sua organização, a globalização, os governos, em vez de tentar estancar a hemorragia ambiental, enfrentaram-se numa guerra económica, sem precedentes e, incitados pelas regras dos mercados livres e de uma competição feroz, têm vindo a desbaratar, nos seus próprios territórios, todos os recursos indispensáveis à sobrevivência das suas populações.

A Amazónia como todas as florestas tropicais caiu nas mãos de traficantes e de políticos criminosos. Com o consentimento de governos, numa indiferença generalizada de instituições internacionais, as multinacionais e lóbis locais desflorestam por ano milhares de hectares desse dom da natureza-mãe.

Ecossistemas vitais, as florestas tropicais são verdadeiros pulmões do planeta, ajudam a travar o aquecimento global ao diminuir o nível do óxido de carbono na atmosfera, são essenciais à sobrevivência das espécies e ao equilíbrio climático.

 As florestas tropicais pertencem a todos os povos da Terra, cada um dos seres humanos possui uma parcela deste tesouro único; elas deveriam por essa razão ser “mundializadas” e sob a égide da ONU ou de uma instituição internacional ecologista, preservadas como património da humanidade. O planeta é o lar da humanidade e de todos os seres vivos. Todas as riquezas existentes ou a descobrir, indispensáveis para o desenvolvimento económico dos seres humanos deverão ser partilhadas por todas as nações da Terra. Só uma mudança radical, política e económica conduzida por estados globumanistas poderá pôr fim à depredação das riquezas do planeta pelas multinacionais e governos cúmplices.

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